terça-feira, 31 de julho de 2007

Depressão pré-carnaval


O ano novo em Pernambuco deveria ser com o término do carnaval, sei bem o que é uma sexta-feira que antecede o sábado de Zé Pereira por lá, posso falar com propriedade. sinto o cheiro, conheço o clima.

O dia amanhece mais cedo, o sol brilha mais forte e as cores, essas ficam todas mais coloridas, azuis intensos, vermelhos sangue, amarelos ouro.

O carnaval está tão impregnado nas pessoas, que é praticamente impossível de se pensar que o resto do mundo não está do mesmo jeito.

Os problemas e preocupações estão todos fantasiados, prontos para saírem no bloco, se não se resolvem nos quatro dias, pelo menos são mascarados e esquecidos, e por falar em bloco, esses são milhares, são tantos que é uma decisão dificílima saber em qual sair.

A alegria está por todos os cantos da cidade, nas caras das pessoas, nos pés saltitantes, nos abraços amistosos, encontros inesperados. Até no trânsito de Recife para Olinda as pessoas estão sempre felizes. Ritmos de momo nos ouvidos, bocas e corações.

Acho incrível esse amor que o pernambucano tem pelo carnaval, e não é só porque se trata de um feriado ou porque ele vai beber os quatro dias e sim porque o carnaval está entranhado na alma do pernambucano, é como se todos os antepassados citados nos frevos, descessem para brincar também.
Parece magia. É como se a festa de momo fosse uma mãe que a todos cuida e acolhe. Para que na quarta-feira de cinzas nasça um novo ano cheio de esperanças que só termina no próximo carnaval.

Aff...que saudade!
Beijos a todos os filhos do nosso carnaval

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