quinta-feira, 27 de março de 2008

A Ilha de Caras é na Vila Mariana


Já dizia Glauber Rocha "Sou famosíssimo e paupérrimo."

Depois de um longo dia de trabalho volto para casa alegre e saltitante, quando passo pelo bar da esquina o garçom me grita do outro lado da rua:


- Taja, na sua casa está faltando energia, venha tomar cerveja!

Eu cá comigo faço um tímido gesto com a mão e penso: já vi de tudo em marketing mas essa nova forma de abordar o cliente está um tanto quanto agressiva.

Continuo minha caminhada alegre porém não tão mais saltitante, e ao passar na porta do cabelereiro, escuto:

- Tá indo pra casa? Mas lá tá faltando luz!

Caramba, realmente deve estar faltando luz na minha casa e privacidade é um objeto de arte vitoriana do século XIV!

Diante dessas constatações nada me restou a não ser voltar para o bar, já que pelo grito do garçom a minha fama de bebum se alastrou pelos bairros de Vila Mariana, Moema, Cerqueira César, Ipiranga e região.

Mas não dei o gostinho pra ele, peguei a cerveja e fui beber em casa. NO ESCURO!

sexta-feira, 7 de março de 2008

O dia em que meu "oxi" saiu de férias


Há tempo venho me segurando para não falar a expressão paulistana "meu", confesso que eu pensava nela, pensava muito, em quase todas as frases exclamativas, mas sempre me controlava na hora H e soltava um "Oxi que massa", "Oxi que lindo".

Ontem num momento de distração, meu "Oxi saiu de férias" e acabei falando aquele "Meu" há cinco anos reprimido, coitado! E ele não veio sozinho, meus caros. Acreditem! Eu soltei um enfático: "meu, isso é legal pra caral..." e antes de terminar a frase meu cérebro repressor rapidamente enviou um "oxi, muito bom". Depois desse momento tudo ficou escuro, não consegui mais me atentar à conversa, fiquei morta de vergonha como se algo muito grave tivesse ocorrido. Caladinha saí de fininho, sem nem mesmo lembrar o que eu tinha achado "legal pra cara...". Que cérebro censurador, o meu, ou seria "Ô meu!"

quarta-feira, 5 de março de 2008

Dúvidas da vida moderna


Se eu sair na rua de chapéu vermelho e botas amarelas, eu vou ser chamada de cool, cult, emmo, in, out, louca ou bombeira?


Como é difícil conviver com as dúvidas da vida moderna!

terça-feira, 4 de março de 2008

Quem dera uma bulimia coletiva

Ultimamente ando vomitando meus sentimentos, e se conselho fosse bom....

Porém eu me sinto melhor assim. Fazer o que?
Gente politicamente correta é o extrume da humanidade. Os que fingem que não vêem, os que querem parecer o que não são. Veja bem, querer ser o que não é, é perfeitamente compreensível, o problema é querer parecer. Isso é muito hipócrita!

Como assim? Mas eu também já fui extrume, quem no mundo de hoje não foi, que atire o primeiro cocô.

Mas não quero mais.

segunda-feira, 3 de março de 2008


Liberdade, liberdade...abra as asas sobre nós!

Não paro de pensar neste texto que o Contardo Galligaris escreveu pra Folha.

Do mesmo jeito que em João Pessoa, no final do ano passado, sentada na areia da praia eu não conseguia tirar os olhos de um menininho, filho de um caiçara, que rolava na areia brincando sozinho e extremamente livre. Meu pedido de final de ano foi ser livre igual a ele.
Não falo aqui, da liberdade de morar só, poder comprar coisas ou ser solteira. Falo da verdadeira liberdade. A de ser eu mesma, do fundo da minha alma.
VALE MUITO A LEITURA!

Que sorte!


Ir ao cinema em um despretensioso domingo e ainda achar o filme bom, é sorte dupla. A sorte pode vir na forma de uma nota de R$ 1,00 encontrada no chão, no encontro com uma pessoa que nos ensina exatamente aquilo que a gente precisa aprender. Cometer o pecado da gula no final de semana e ainda emagrecer 200 gr. (isso é sorte a valer).

Sorte pode ser a perspectiva de um bom negócio, ou abrir a geladeira e descobrir que tem chá gelado e aquela latinha de cerveja que sobrou de ontem.

Vejam que acabei de relatar meu final de semana por uma perspectiva sortuda, ele poderia ter sido assim:

Fui ao cinema em um domingo tedioso e calorento, e o filme não era lá essas coisas, enquanto outros acham R$ 50,00 no chão eu só acho essa miséria. Como sou azarada por não encontrar todos os dias com estas pessoas que me ensinam tanto! Abdiquei daquela torta e só emagreci 200gr. Porque não pensei nesse negócio antes? Que pobreza! Na minha geladeira só tem chá e uma latinha de cerveja!

Viu? Tudo depende da perspectiva não é?

Receber um NÃO em um determinado momento, pode ser a grande sorte da sua vida! Tenho pensado muito nisso!

Boa semana para todos!